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Análise – Batman: Arkham Asylum (Playstation 3)

A maioria dos jogadores conhece, de alguma forma, as principais desenvolvedoras principais dos games. Citando rapidamente: Activision, Konami, Ubisoft, Sony, Epic Games, Microsoft, Nintendo, Capcom, Bethesda, Square-Enix. O feijão com arroz básico do jogador. Mas falar o nome Rocksteady pode soar estranho para a maioria. Até você chegar e falar Warner e Batman: Arkham Asylum. Aí você faz uma reverência. Batman: Arkham Asylum entra no rol dos melhores games que já joguei na minha vida. Esqueçam todos os games toscos de heróis dos quadrinhos. Batman: Arkham Asylum é matador. Impressionante. Divertido, Desafiador às vezes. Bonito. Com um bom enredo. Noturno e de mundo aberto. Um game realmente foda. Desde o começo do jogo onde você caminha junto com os guardas pra prender o Coringa, até o momento final, com o gancho para o Arkham City. 20 horas de puro entretenimento e um investimento que compensa.

A história do Batman é clássica e a maioria conhece. Bruce Wayne, um garoto com fobia a morcegos, vai ver uma ópera com os seus pais. Quando decidem sair, acabam topando com um ladrão, que acaba assassinando os pais do garoto. Depois, fica com Alfred, o mordomo da casa. Quando adulto, Bruce decide viajar o mundo para entender a mente criminosa e aprender a lutar artes marciais. Quando decide combater o crime, cria a sua identidade secreta, se baseando na sua fobia para que os seus inimigos compartilhem do mesmo terror. Considero o Batman o segundo herói mais legal dos quadrinhos, perdendo apenas para o Homen-Aranha, pois o Batman, diferente do aracnídeo, é gente como a gente. Não tem superpoderes, tendo de resolver as coisas no intelecto, aliado ao treinamento corporal em artes marciais e ter grana para financiar aparatos tecnológicos de última geração.

Temos o mote para eu gostar do personagem. Mas eu só conhecia ele mais dos filmes. Filmes que gostei quando criança e passei a odiar (em parte) depois que comecei a me questionar sobre a qualidade do entretenimento. Até ver o Batman Begins e entender que, nas mãos de um diretor bom e uma história fantástica, você tem um filmaço. The Dark Knight também é ótimo, apesar de curtir mais o primeiro. Mas voltemos ao jogo: em Batman: Arkham Asylum, você já começa no Asilo Arkham, a principal prisão de Gotham City, do lado do Coringa, que está preso numa maca, indo para o encarceramento. Aí, como tudo sempre dá errado, ele escapa e começa a fazer a festa pelo local. Cabe ao Homem-Morcego ir atrás dele e detonar quem estiver no caminho!

Então começa um dos games de ação com um dos melhores sistemas de combate corporal que eu já presenciei. O game já ensina o básico do combate, tendo de golpear os inimigos e podendo fazer algumas acrobacias. Você tem um soco normal e um “especial”, para nocautear o oponente. Aqui, caso você derrube um cara, dependendo do estado dele o meliante se levanta rapidamente, pronto para outra! Então basta você continuar o massacre para detonar o oponente.

Até aí nada demais, mas o game vai além: como a quantidade de inimigos na maior parte das vezes é acima de um, dependendo da distância o golpe “emenda” e a animação do personagem leva o cara até o inimigo mais próximo, continuando o combo. Apesar de aparentar um gameplay fácil, na verdade é um pouco difícil. Você está cuidando de um inimigo e está com a guarda aberta pelas costas. O game no começo mostra que você pode usar um “Counter”, podendo contra-atacar alguém, mas nem sempre o Counter funciona. Você começa a ser espancado “aos poucos”. Se a quantidade de inimigos for muita, um abraço. Adeus, Homem-Morcego!

Já que falei de um ponto negativo, o segundo é justamente a câmera durante os embates. Não todos, aliás. Alguns deles você não tem muito controle da câmera, o que acaba facilitando para as falhas durante alguns embates. No final do jogo é particularmente preocupante, mas não vou dar spoilers para estragar a surpresa de quem não jogou. O game foi lançado há 3 anos atrás, mas está tão atual quanto muito game recente. A parte gráfica está um show, apesar do jogo usar a Unreal Engine 3, a engine “persona non grata” deste que vos escreve. O ruim da parte gráfica é que, por conta do gameplay, o jogador não aproveita tanto o belo visual. O game tem um modo de detetive que mostra a localização dos inimigos e pistas no cenário, similar a uma visão de Raio-X. Só que o recurso foi usado muitas vezes por mim, e por isso não aproveitei tanto o visual. Só algumas vezes que eu parei para apreciar os gráficos, principalmente nas locações que mostram a cidade de Gothan City ao fundo. Eu tenho um certo fetiche por visões com a cidade ao longe, ainda mais à noite (olá Tomb Raider 3!) e sempre parava pra ver Gotham City quando estava num pátio que liga algumas áreas.

Agora vamos às outras habilidades do Batman. A segunda mais usada é o “gancho”, podendo escalar rapidamente um local. Com o R1, você pode atirar uma corda e sair “voando” até o seu destino, podendo escalar uma torre rapidinho e sem frescura. Depois, se quiser, você pode testar o seu senso de vertigem ao pular e planar pelos cenários! O game tem um sistema relativamente simples de evolução, comprando habilidades novas para o personagem. Com as novas habilidades você vai comprando novos recursos que ajuda a acessar novas áreas, também dando mais recursos estratégicos, como um gel que você pode colocar no chão e explodir. Mas mesmo com alguns recursos mais estratégicos, acabo sempre indo na base da porrada. Na maioria das vezes é interessante não se preocupar, mas quando os inimigos aparecem armados, o jogador tem de bancar o espião e pegar os inimigos da surdina, deixando o gameplay mais imprevisível.

Dos extras, tem os mistérios do Charada, que você pode ir desvendando ao estar numa locação. Alguns estão bem escondidos no cenário. Outros são pontos de interrogação que você coleta. Também tem algumas pinturas, contando a história do local, e fitas com gravações de interrogatórios dos vilões. Com as coletas de ítens é destravado fichas de personagens do universo, deixando o jogador mais por dentro do Universo do Homem-Morcego.

Batman: Arkham Asylum mereceu o título de game do ano quando saiu. Mesmo hoje, é um game singular e impressionante, mostrando que um game feito sem pressa e com uma história original pode ficar melhor do que muitos filmes. Para quem gosta do personagem ou quer um gameplay acima da média este Batman é recomendadíssimo. E hoje é fácil achar o game com um preço baixo, como preparação para o Arkham City.

7 comentários em “Análise – Batman: Arkham Asylum (Playstation 3)”

  1. Alexandre Soares

    Mas…. mas…. mas…. mas e o embargo que tinha do jogo antes do lançamento, não podia ter colocado no ar a análise, só pode depois do game ser lançado caramba.

  2. ''batman perde apenas para o homem-aranha" kkkkkkkk
    o batman é mil vezes melhor que o aranha ,apesar de eu adorar ambos estes super-heróis.

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