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Análise – Battlefield: Bad Company 2

Battlefield Bad Company 2

Numa primeira olhada, BC2 é muito parecido com diversos outros jogos de guerra atuais. Você controla um soldado que anda sempre em um grupo com mais três companheiros e todas as características dos jogos de tiro modernos estão ali: fases em veículos, energia que se regenera sozinha, tela vermelha pra indicar que você está morrendo, impossibilidade de carregar mais de duas armas ao mesmo tempo, e por aí vai. No entanto, grande parte dos jogos seguem essa fórmula mas poucos o fazem bem. Bad Company 2 é um desses.

A história também não foge do padrão. Soldados americanos combatendo uma ameaça ao seu país em diversas localidades mundo a fora. O legal é que o jogo se passa quase que totalmente na América do Sul, o que é uma boa variação comparando com a tradicional dupla Rússia / Oriente Médio. Mais uma vez, espere ver todos os clichês. Tem reviravolta, traição, inimigos escapando única e exclusivamente porque o jogo ainda não está pronto pra terminar… Só que, novamente, o contra-ponto faz o jogo valer a pena. Esqueça a história e foque nos personagens. O quarteto principal é fantástico, todos os personagens têm um grande carisma e a interação entre eles é muito divertida. Durante o jogo você vai ouvir várias piadinhas que tornam a jornada bem leve e descontraída, deixando claro que a pretensão dos desenvolvedores não era mesmo entregar um clássico dos jogos de guerra, mas sim uma aventura “cine-pipoca” que cumpre muito bem o seu papel de divertir.

Do lado da mecânica, dois pontos se destacam e ambos se resumem a um mesmo fator: os cenários.

Os cenários são enormes e isso muda razoavelmente a maneira de jogar. Mais ou menos pela metade do jogo eu comecei a usar o sniper e não parei mais. Como é possível visualizar inimigos a uma grande distância, usar esta arma é realmente gratificante e eu voltei a me divertir jogando de sniper, algo que não acontecia talvez desde Medal of Honor no PSOne.

E o outro aspecto que merece destaque é como praticamente todo o cenário pode ser destruído. A toda hora acontece de uma parede usada como cobertura simplesmente desmoronar, o deixando totalmente desprotegido. Essa mudança no cenário não sendo só cosmética muda bastante a dinâmica dos combates, já que não é muito saudável ficar parado em um único ponto tentando eliminar todo um grupo de inimigos.

Infelizmente, BC2 tem seus problemas e eles também não são poucos. O principal é um bug que vez por outra faz com que seus companheiros simplesmente fiquem parados em um local, como se o gatilho para avançar não tivesse sido disparado. Em alguns momentos bem complicados eu tive que me virar totalmente sozinho por causa deste bug, o que tornou o jogo mais difícil do que deveria.

Outro problema é a distância dos check points. Por um lado, eu entendo que colocar check points distantes faz com que o jogador valorize sua vida, já que uma morte o fará jogar uma grande parte novamente, mas em algumas partes jogar essas longas sequências depois de morrer várias e várias vezes fica frustrante. Sem falar na inaptidão do jogo em memorizar sua arma, então a cada morte você tem que trocar novamente pra sua arma predileta e recarregá-la antes de partir pro combate. Pode parecer bobagem, mas depois de morrer umas cinco ou seis vezes em um mesmo ponto, cada coisinha repetida que tem que ser feita se torna chata ao extremo.

Eu terminei o jogo no nível médio e, como comentei, morri uma quantidade razoável de vezes, mas mesmo assim terminei a história em pouco mais de cinco horas. Pra mim é um ponto positivo, pois prefiro jogos curtos, mas sei que essa história rápida pode decepcionar muita gente. O jogo conta ainda com outros modos de dificuldade e dois tipos de conteúdos desbloqueáveis: armas e umas estações de comunicação que são distribuídas em certas quantidades em cada fase. Isso, somado obviamente ao multiplayer, ajuda a prolongar o tempo gasto com o jogo e fazer valer a pena o dinheiro investido.

Concluindo, Battlefield: Bad Company 2 é um jogo de guerra bastante competente, não aparenta grandes ter pretensões (apesar de ser um grande título da EA) e diverte, no mínimo, tanto quanto um bom filme-pipoca. Recomendo.

Battlefield: Bad Company 2 foi produzido pela DICE e lançado pela EA Games em março de 2010, com versões para PS3, Xbox 360 e PC (versão analisada).

8 comentários em “Análise – Battlefield: Bad Company 2”

  1. Análise curta, mas reflete bem o modo carreira de uma forma resumida. Porém, acredito que faltou uma análise do que é realmente diferencial neste produto que é o multijogador on-line. No meu entendimento, um dos melhores já feitos. É o que "paga" o jogo por muito tempo, já que a campanha, como de praxe, é curta e o rejogo não é muito convidativo.

    1. Alexandre Soares

      Trollar sempre que possível, só sigo as normas do Select Game u_u

      1. Por essa trollada, sua conta gold e seu email foram banidos por 30 dias do Select Game. Tenta aí pra ver :p

        1. Alexandre Soares

          Pois é, fazer análise de jogo velho, e ainda mais de FPS, se eu tivesse acesso a minha conta Gold tinha deletado o post, mas daqui 29 dias tu vai ver =P

        1. Alexandre Soares

          Vcs fazem parte de um blog e nem sabem a "linha editorial" dele? #Fail

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