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Análise – Lead And Gold: Gangs of the Wild West

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Dois times, um vermelho, outro azul, combatendo em um cenário de minas de ouro em busca de maior pontuação. Certamente essa descrição soa bastante familiar (para quem conhece) ao grande sucesso da Valve, o Team Fortress 2. E acredite, esse é um dos vários méritos de Lead And Gold: Gangs of Wild West. O game do até então desconhecido estúdio europeu Fatshark nos presenteia com um jogo voltado exclusivamente para o multiplayer e, como o nome sugere, inspirado totalmente na estética velho oeste norte-americano.
O jogo foi lançado primeiramente para PCs e me chamou a atenção nos primeiros trailers. Aguardei algumas semanas o lançamento na PSN e após gastos nossos valorosos 15 dólares, o que encontramos no Lead and Gold além de combates?

Diferente das partidas algumas vezes demoradas de MAG, Battlefield Bad Company 2 ou Killzone 2, Lead and Gold foi projetado não somente para uma diversão descompromissada, mas também rápida, uma ótima escolha para um game vendido por download.
São apenas 5 jogadores em cada time, assim rapidamente se encontra um server e as batalhas se desenrolam em partidas de 10 minutos. Com 10 players os mapas não precisam ser enormes ou necessariamente pequenos, parecem ter sido desenhados exatamente para o tal “fun and run”. Falando assim, pode até parecer que as partidas são tomadas por loucos de 13 anos de idade que saem atirando para todos os lados. É aí, justamente, que entra outro mérito de Lead and Gold. Os modos de jogo simplesmente imploram por partidas com um mínimo de ação tática, mas nada que impeça o seu espírito “Rambo” brotar nos momentos necessários.

Os modos não inovam muito, são clássicos como o Greed, caça ao pacote de ouro do inimigo para depositar na base do seu time; Conquest, uma versão faroeste de King of the hill e o mais tático deles, o Powder Keg, que segue a linha de um domination onde os pontos dominados concedem dólares e, lógico, o time que acumular a maior quantia vence a partida. Mas algo que sempre observo bem, principalmente em jogos, é a forma e conteúdo, se na forma Lead and Gold não desperta a atenção, o seu conteúdo o prenderá bem nas partidas.
Primeiro pela ótima definição de classes, são 4. A Trapper, uma sniper (isso mesmo, uma mulher) e como o nome sugere, tem a habilidade de plantar armadilhas pelo cenário. O Deputy, armado com espingarda e com o útil poder de revelar por instantes a localização do grupo inimigo para os membros da equipe. O Gunslinger representa aquele típico pistoleiro que consegue esvaziar um revólver em poucos segundos – morte certa para o azarado alvejado – e, por fim, o Blaster, no papel do brutamontes com alto poder de fogo, os nomes “shotgun” e “dinamites” falam por si só dessa classe que, para os mapas mais fechados, é a mais indicada.
Falando neles, são 6 mapas que vão desde cidades abandonadas até minas de ouro, quase todas banhadas por um sol escaldante e trilha sonora que casa bem com a temática, mas música aqui é o que menos vai se ouvir em meio a tantos disparos e poderes extras. Lembra quando eu falei que esse jogo clama por tática? Além das armas principais, secundárias e habilidades extras bem distintas, cada classe emana um poder que reflete no outros colegas de time, por exemplo: mais resistência, melhor mira, maior chance de danos e danos críticos. Se minha linda sniper estiver próxima do brucutu do Blaster por um certo tempo, ela recebe maior resistência. Um Deputy próximo de uma Trapper ganha maior precisão de tiro e por aí vai. Viu aí o quanto de estratégias que podem ser montadas?
A forma de pontuação pessoal e ranking ainda parece limitada, pois conta somente para a partida, ainda não havendo possibilidade de upgrades de armas ou personalização com uniformes. Digo o “ainda”, pois Lead and Gold é bastante promissor e futuros patchs e dlcs podem resolver isso.
E quanto às ordens técnicas, os gráficos seguem uma linha cartunesca muito bem trabalhada, isso se vê na quantidade de detalhes que foram construídos os desenhos dos personagens. Assim como mapas bem variados entre si e até o framerate que até agora não me apresentou más surpresas. A engine é a utilizada no recente Bionic Comando, entregando assim bons efeitos de iluminação e texturas, algo muito bom para um jogo de PSN de 732mb. A jogabilidade também foi muito bem transportada para o dualshock, botões clássicos de tiro, recarregar, saltar, tudo muito familiar. O mais legal fica por conta do R2 para correr e com um tapa nele esquivas e rolamentos no chão. É divertido fugir constantemente da investida dos inimigos com R2 para acertá-los em cheio enquanto recarregam.

Outro destaque fica por conta da câmera em terceira pessoa que reproduz bem a ação principalmente nos saltos onde dá uma boa tremida. Alguns podem estranhar o tamanho da mira na tela representada por um círculo transparente (que diminui com o botão L1 de precisão de mira), mas quando a ação começa, qualquer incômodo existente vai pro ar quando tudo que você quer é dar uma certeira no inimigo mais próximo. Até o Borderlands aparece aqui como referência com a mecânica de quando estivermos na iminência da morte, quando eliminarmos algum inimigo próximo, voltamos à ativa.
Agora vamos aos puxões de orelha. Já havia lido algumas opiniões de brasileiros que jogam no PC sobre um incômodo lag. Uso conexão 2mb e jogo tudo quanto é jogo online tranqüilo e, quem acompanha bem a psn, sabe que alguns jogos lançados lá, exclusivamente para multiplayer, sofreram bastante com as conexões no início (Fat Princess). Parece ser o caso de Lead and Gold. Em uma hora de jogo é comum perder conexão com a sala umas 5 vezes ou mais, vez por outra também caímos em sala com pings impossíveis. Talvez, espero eu, que seja por conta dos problemas de conexão que o botão bola (responsável pela ação de pegar objetos ou salvar amigos) apresenta um certo delay entre o pressionar e a ação na tela. Isso é extremamente complicado quando estamos na base inimiga, roubando um saco de ouro, e simplesmente temos que tentar três ou mais vezes para capturar o saco ou até, no meio da ação, recuperar um parceiro ferido.
Problemas à parte (que podem ser corrigidos com um patch), quando estamos em sala estável, a ação corre maravilhosamente bem, e as partidas são tão dinâmicas que facilmente nos prendem a querer mais e mais. Lead and Gold tem um incrível potencial pela frente, e somente as vendas e popularidade entre os gamers decidirão futuras expansões. Para quem curte partidas multiplayer descompromissadas e com temática diferente, é compra necessária na coleção. Trailer oficia e algumas imagens do site oficial:

7 comentários em “Análise – Lead And Gold: Gangs of the Wild West”

  1. Eu adorei sua análise, ficou muito boa, parabéns.
    Lead and Gold é um jogo que me chama a atenção pela temática Velho Oeste, ele parece bastante com o multiplayer de Red Dead Revolver que é um dos meus preferidos. Comprarei para o PC, o problema é a falta de servidores dedicados no Brasil, no PS3 ou Xbox360 (talvez nem tanto nesse) ainda dá pra jogar com um pouco de lag, mas no PC não por causa da combinação mouse + teclado…

    1. Valeu Alkoyer, estou pensando também em pegar para o PC, para jogar na hora de almoço no trampo hehe. Vou esperar alguma promoção no steam.

  2. Marcell Almeida

    Interessante, muito interessante. Não sei porque isso me lembrou Counter e fiquei com saudades… Não tava na hora de lançarem um CS pros consoles Next-Gen? tava sim 🙁

  3. Valeu Alkoyer, estou pensando também em pegar para o PC, para jogar na hora de almoço no trampo hehe. Vou esperar alguma promoção no steam.

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