Pular para o conteúdo
Início » Artigos » De Metal Gear ao Splinter Cell – a minha história com os games de espionagem (Parte 1)

De Metal Gear ao Splinter Cell – a minha história com os games de espionagem (Parte 1)

Google News

Um dos assuntos que sempre me fascina é a espionagem. Os filmes de 007 quando assistia quando criança, o primeiro Missão Impossível e os games que joguei na era de ouro do primeiro Playstation. Com a anúncio de Splinter Cell: Blacklist, eu fiquei muito animado, ainda mais com a confirmação do game no Playstation 3! Um preview do game está no meu planejamento de pautas, mas achei mais interessante fazer primeiro um retrospecto biográfico do gênero e dos games que joguei. Pelo menos os mais expressivos, para servir de introdução e para o leitor ficar por dentro do meu fanatismo gosto pelos games de espionagem.

Na década de 90, 2 games de espionagem fizeram história no Playstation. Metal Gear Solid, da Konami, trouxe um enredo cinematográfico e uma jogabilidade impressionante, mostrando ao mundo a genialidade de Hideo Kojima, hoje um dos desenvolvedores mais respeitados da atualidade. Em Metal Gear Solid o agente Solid Snake foi forçado a ir numa missão num local perto do Alaska para libertar dois reféns e impedir um ataque nuclear. Durante este tempo acaba descobrindo que eles tem um robô capaz de carregar ogivas nucleares, chamado de Metal Gear. O enredo foi tão bem feito e costurado com assuntos reais que o Metal Gear poderia existir de fato. Quanto ao gameplay temos uma visão “de cima” (que ficava de frente ao encostar numa parede e tendo algumas variações em alguns locais) e uma jogabilidade relativamente simples e fácil de aprender, baseado em passar do local sem ser visto pelos guardas e tendo de usar armas ou golpes corporais contra os guardas.

Já o concorrente mais direto, Syphon Filter (da 989 Studios, e hoje é propriedade intelectual da Sony), apostava na jogabilidade em terceira pessoa com a câmera de trás, trazendo muita ação. Você controla Gabe Logan, formado em bioquímica e veterano da Guerra do Golfo. Ele faz parte da The Agency, que combate terrorismo no mundo, e na primeira fase você tem de sair caçando um terrorista chamado Rhoemer que está querendo espalhar um vírus mortal na população. Para isso ele instala algumas bombas Syphon Filter e cabe a você, junto com um esquadrão anti-bombas, desarmas elas. Aqui é uma jogabilidade a la Tomb Raider, com mira automática, muitos tiroteios e algumas missões mais furtivas, não podendo ser detectado. Diferente do game da Konami aqui não tinha mapas com a localização dos inimigos, tendo de ir jogando na raça e analisar as rotas dos inimigos.

Durante algum tempo as duas séries conviveram “em harmonia”, ganhando suas continuações e versões turbinadas. Do lado da Konami saiu o Metal Gear Solid: Integral, com 300 VR Missions (missões de treinamento) e um Photomode podendo tirar fotos da Mei Ling e da Naomi Hunter. Na série Syphon Filter tivemos mais 2 games, com o segundo sendo o mais marcante: com missões mais variadas e uma trilha sonora sensacional (principalmente na fase Crash Site, com a melhor música da série). O terceiro manteve a essência, mas acabou sendo “mais do mesmo”.

Com a entrada na faculdade e o fim da era Playstation (dando lugar ao Playstation 2) eu fiquei meio distante dos games. Saiu o Metal Gear Solid 2 e o 3, mas eu apenas via vídeos e desejava jogar eles no Playstation 2. Na época o console custava caro demais, eu tinha a faculdade para pagar e, posteriormente, um PC para pagar. Com a aquisição do PC eu tive o primeiro contato com um dos games mais impressionantes que já joguei na época: Splinter Cell.

Hoje o game pode parecer datado, mas na época eu fiquei muito impressionado, com a parte gráfica, os cenários e o seu sistema de iluminação e sombras. Mesmo com o game rodando com configuração mediana no meu PC ele me impressionou logo de início, e cada final de semana com ele alugado eu praticamente ficava por conta. Não tinha mais um Playstation e só tinha alguns emuladores instalados. Entre uma e outra partida num Castlevania num emulador de Gameboy (durante a semana) eu fazia uma progressão imersiva no jogo da Ubisoft, jogando o máximo que eu podia. O game foi um dos primeiros que eu joguei que estavam em português, mesmo sendo apenas nas legendas e nas falas e menus. Fiquei sabendo posteriormente que apenas a versão da Brasoft para PC tinha esta localização.

Em Splinter Cell você, na pele de Sam Fisher, foi um dos primeiros agentes a fazer parte da Third Echelon, uma divisão da NSA que criou o programa “Splinter Cell”, com os agentes executando as missões sozinho, tendo apenas uma ajuda operacional à distância. A jogabilidade é similar ao da série Syphon Filter: visão em terceira pessoa, podendo correr ou caminhar, e tendo de ficar nas sombras para neutralizar os inimigos e esconder o corpo posteriormente. As missões, em sua maioria, são noturnas e bem variadas, tendo locais abertos e locações internas, como uma delegacia, prédios comerciais e outros. Durante as fases você coletava informações em computadores espalhados pelo local e executava as missões, tendo parâmetros, em sua maioria minimizando (e eliminando) baixas civis e não podendo ser detectado.

Confesso que inicialmente não cheguei a terminar o jogo. Na época saiu a demonstração de Pandora Tomorrow e consegui executar a demonstração single-player, gostando bastante da fase no trem. Só que na época eu ainda não sabia das limitações da placa Geforce 4 MX 440, que tinha um Pixel Shader ultrapassado e que a placa não rodaria mais a maioria dos games posteriores. A demonstração do Pandora Tomorrow até que rodava bem, mas não tinha a visão de calor, e achava que teria isso na versão final. Quando saiu a demonstração do multiplayer e já tinha uma conexão banda-larga o game não executou, me deixando bastante desanimado. Nunca conseguiria rodar o Pandora Tomorrow com a configuração do meu PC, e acabei ficando por fora da série por algum tempo.

Então tive mais um hiato nos games do gênero, me limitando a jogar apenas o Need For Speed: Most Wanted no PC, até comprar um Playstation 2. A segunda parte do artigo terá mais detalhes desta fase, onde finalmente joguei os games posteriores da série Splinter Cell, além, claro, da série Metal Gear no PS2. Aguardem!

6 comentários em “De Metal Gear ao Splinter Cell – a minha história com os games de espionagem (Parte 1)”

  1. A serie Metal Gear é pra mim a melhor serie de espionagem/stealth que existe. Tanto que to terminando agora o MGS3.

  2. Leônidas Dahás

    esse tipo de artigo que acho o diferencial do SG. Faça logo a parte 2.

    Semana passada eu criei vergonha na cara e finalmente comecei a jogar MGS 1 no Psp, pra depois jogar os dois MGS da coleção p vita, e tb o Peace walker do Psp.

  3. Alexandre Soares

    PQP que texto foda, da até vontade de escrever um sobre Resident Evil, Parasite Eve e Silent Hill da vida, mas não tenho uma memória tão boa assim…. hehehehehe

Não é possível comentar.