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Diário Gamer 06 – Burnout Paradise (Playstation 3)

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Hora de você ler o prometido post sobre o Burnout que eu queria escrever e publicar aqui. Ele é o terceiro game hardcore que eu adquiro pro Playstation 3 e o primeiro de corrida, o único gênero de games de esporte que eu tenho vontade de jogar. Futebol eu não curto muito e corrida é muito melhor, por trazer mais adrenalina e emoção. Adrenalina é a palavra-chave deste jogo: apesar dos simuladores também trazerem emoção, é no Burnout que você vê uma emoção maior do que no Gran Turismo. Aqui o jogo te traz uma sensação impressionante de velocidade e a possibilidade do carro ser destruído e de você saltar rampas com saltos enormes são o diferencial do jogo.

A primeira coisa que se deve comentar neste post (que não é uma análise, mas até que serve como uma) é o preço do jogo: 20 dólares na PSN, num game que tem entre 4 e 4.5 GB. Pode até parecer muito, mas para um game do Playstation 3 não é. E a possibilidade de comprar na PSN, sem precisar passar pelos impostos alfandegários é outra vantagem, barateando muito o preço do jogo. Uma economia de mais de 100 reais é muito boa para o bolso da gente, que sofremos com games custando “os olhos da cara”. Só que para comprar o game, obviamente tem de ter conexão banda-larga. Se alguém consegue comprar um console de ponta também deve ter uma conexão boa, tanto para jogar online quanto para baixar as coisas pela rede.

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Tecnicamente o game é muito bom. Efeitos de sombra, texturas, gráficos de primeira linha e nenhuma queda aparente de framerate são prós neste jogo, onde a maioria dos jogadores nem se preocupa muito com isso. Agora, a física de destruição dos carros, essa sim é de nível elevado, onde, depois de uma batida básica, o carro fica semi-amassado. Quebre ele mais e você pode ver rodas voando, capôs abertos e balançando na sua frente, para-choques que são destruídos e ficam no meio do caminho, portas serem arremessadas e amassadas e podendo fazer isso com qualquer carro do jogo, desde os carros dos adversários online (pessoas como eu e você) até mesmo os carros-NPC, do tráfego da cidade.

Aliás, a cidade de Burnout é impressionante. Paradise City é grande e tem todos os elementos básicos de uma cidade americana, desde um estádio de baseball, estacionamentos, estradas afastadas e estreitas, algumas estradas de terra, uma auto-estrada bastante movimentada e desafiadora, viadutos (que são raros em cidades pequenas), linhas de trem, túneis subterrâneos e até mesmo um Hangar com algumas rampas básicas para o jogador poder brincar um pouco. O modo offline serve justamente pra isso: aprender a jogar, conhecer as ruas e conseguir os carros básicos do jogo.

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Aqui o jogo não tem enredo nenhum. É só disputar os modos normais do jogo espalhados em 120 eventos diversos, divididos em 5 eventos principais:

Race: corridas normais, com um ponto de largada e um de chegada

Road Rage: o melhor modo na minha opinião, onde você tem de destruir um número X de adversários para conseguir completar o evento. Cada carro destruído é um Takedown e isso também dá pra fazer as corridas normais.

Marked Man: o modo mais difícil, onde você tem de chegar até um determinado ponto e sobreviver. Só que pra você sobreviver tem de enfrentar alguns carros pretos, que estão lá apenas para te ferrar, tentando destruir você de qualquer jeito.

Stunt: esse é difícil de definir: é uma corrida de exibição, onde você tem de fazer um certo número de pontos durante um certo tempo. Pra conseguir mais pontos você pode executar diversar manobras, como saltar de rampas, destruir Bilboards, etc

Burning Route: O famoso Time Trial. Chegue num determinado local da cidade antes que o tempo acabe.

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Quando você liga o jogo pela primeira vez, a cidade inteira está disponível. Não é igual ao Need For Speed Underground 2 (jogaço. Esse também vale a pena jogar) que vai liberando a cidade aos poucos. Aqui, logo na primeira jogada você tem toda a cidade à sua disposição, onde você pode, se quiser, começar a destruir os smashes e bilboards. Os smashes são cercas amarelas que abrem atalhos nas ruas. Os Bilboards são letreiros luminosos com a logo do jogo e de cor vermelha. Do nível de dificuldade, detonar os smashes são fáceis mas demorados e os bilboards são difíceis mas curtos: são 400 cercas contra 120 letreiros, alguns em lugares bem inacessíveis, obrigando o jogador a ter perícia pra conseguir alguns deles.

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Recomendaria fazer isso aos poucos. Se durante a corrida você ver uma cerca ainda não destruída, tente voltar depois dela e se concentre na corrida e no mapa: aqui, diferente da série Need For Speed atual (que tem cidades abertas) as ruas não são fechadas como um circuito de rua. Se você não souber certinho como chegar lá, você pode se perder no meio de uma corrida e aí você pode perder a mesma, por se desviar das melhores rotas. Numa partida offline dá pra você parar a corrida no meio e consultar o mapa geral do jogo, mas online não: ou você fica esperto ou você dança, como já dancei muitas vezes com as corridas online. É por isso que o modo Road Rage é o melhor: aqui você não precisa se preocupar com os mapas, só se preocupando em cumprir os objetivos e se preocupando com o tráfego e com as ruas e possíveis obstáculos. Alguns locais são bem fáceis de prensar os adversários no muro e isso te dá uma satisfação imensa, como jogador e como analista de games: ver os carros voando e sendo destruídos é algo difícil de definir. Que é divertido, isso é!

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Da parte de efeitos sonoros, os mesmos são bem convincentes: dentro de um túnel o som fica mais abafado e fora dele, não. Os carros e motos (aqui não é só de carros) também tem sons diferentes. A trilha sonora varia desde música clássica, temas de games anteriores da série até mesmo de bandas de rock-pop conhecidas, como o Guns N’Roses (dono da música-tema do jogo). Também tem bandas menos conhecidas, como o Killswitch Engage, uma banda similar ao Shadows Fall que acabei curtindo de tanto escutar eles.

Jogabilidade: muito boa e que varia um pouco de carro para carro. Alguns são bem mais complicados de controlar (como furgões) e outros, mais simples. Diferente dos games mais antigos, aqui acelera com o R2 e breca/marcha-ré com o L2. O Quadrado serve como freio de mão, que, algumas vezes, faz o carro girar 360 graus. O X serve como nitro e o Círculo serve para acessar as opções do menu. Triângulo muda de visão (só tem 2 no jogo, uma “primeira pessoa” e outra vendo o carro). R1 muda de música de fundo e o L1 mostra a visão de costas, em primeira pessoa. Start pausa o jogo e Select mostra o mapa da cidade, onde o jogador pode alternar entre visões dos eventos e os nomes das ruas. Até mesmo mostrar o nome delas na tela de jogo é novidade pra mim, que ajuda a achar certos locais e em alguns eventos online saber o nome da rua é essencial para completar o mesmo.

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A questão do R2 pra acelerar é interessante comentar: eu vi isso pela primeira vez com o Forza Motorsport 2 e no começo é difícil se acostumar. Depois de um pouco de treino os comandos acabam ficando naturais e parece que a maioria dos games de corrida atuais usam uma configuração parecida: quando joguei um pouco o demo do Race Driver GRID no PS3 (postarei impressões em alguns dias), os comandos são praticamente idênticos, o que acaba virando uma vantagem para quem joga muito games de corrida usando joysticks. Sobre volantes, isso é algo que dificilmente vou adquirir, já que o preço de um pode ser usado pra ajudar a adquirir outros games. Só que eu não me imagino jogando o Burnout com um acessório desses, por mais que o povo diga que isso melhora a jogabilidade e deixa mais realista. Girar um volante com rapidez num game arcade pode acabar saindo como uma desvantagem de jogabilidade, onde a gente tem de ser rápido pra fazer as coisas. Mas é aquele negócio: não sei mesmo como seria e só conseguiria saber jogando com um acessório assim. Eu não vou arriscar o meu dinheiro só pra experimentar a sensação de jogar com um volante.

Talvez a única coisa que acho falta é ter condições climáticas adversas. Chuva, quem sabe neve. Isso seria muito interessante pros gráficos e até mesmo pra jogabilidade, deixando as pistas mais perigosas e desafiadoras. Mas tudo bem, pelo menos ter transição do dia e da noite está sendo bastante interessante pro gameplay.

Recomendo com fervor adquirir o jogo. 20 dólares estão me saindo de graça, dada a quantidade de horas que já gastei no game. Já tenho cerca de 46 horas e completei 52%. O número elevado de horas se deve em parte ao multi-player viciante, que algumas vezes são mais fáceis do que alguns modos de jogo: são tantos eventos diferentes e novos que você quase não se cansa de jogar eles. Tudo bem que a maioria escolhe os mesmos eventos, mas ainda assim não enjoa de jogar. E como são quase 500 pra cada um jogar, isso aumenta muito a longevidade do game, a ponto de você gastar muitas horas até completar os challlenges (desafios). Ainda que você os tenha completado dá pra você participar de corridas que irão testar a sua perícia.

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Quanto à parte online, o jogo merece um outro texto mais completo sobre isso, e deve sair em breve. E com certeza iremos comentar muito sobre o game aqui, já que como estamos planejando encontros online, a experiência pode ser bem mais interessante. E a Criterion sempre lança novos conteúdos baixáveis para o jogo, que poderão ser comentados aqui (como o carro acima, baseado no filme “De Volta para o Futuro”). Já estou na espera do Cops and Robbers, o modo “polícia e ladrão”, que deve sair em breve e que irá aumentar ainda mais a longevidade do game.

[Imagens via UOL Jogos e Site Oficial 1, 2, 3 e 4]

1 comentário em “Diário Gamer 06 – Burnout Paradise (Playstation 3)”

  1. É, o preço é uma pechincha mesmo … Pena que eu só vi isso depois que eu já tinha comprado ele no play-asia :-/

    E o "DeLorean" fake é nice 🙂 (pena que eu vivo perdendo o controle e batendo em tudo)

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