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E vejo Flores em você

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Então… Vocês estão bem? Eu estou bem. É que eu baixei aquele jogo da PSN, o Flower.

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A questão é que ninguém conseguiu muito bem entender qual a mecânica do Flower assim que foi anunciado. Isso claro, uma ótima jogada de marketing, deixou muita gente (inclusive eu) curiosa para entender como a viagem funcionava. Nem o trailer oficial do jogo ajuda muito.

Flower é, antes de tudo, uma poesia na forma de um jogo. IMHO chega a ser até mais abstrato que o Linger In Shadows, aquela “arte interativa [sic]” também disponível na PSN. O jogo começa com a clássica cena da cidade escura e suja, e dos faróis de carros passando em vídeo acelerado. Conforme a câmera se desloca, você vê uma pequena flor em um vaso. A mesma está bastante minguada, sofrida. E então, ao pressionar um botão, um brilho surge na mesma, e você é tragado para um grande campo verde, uma uma pétala desta mesma flor se destaca e começa a flutuar ao vento.

Entenderam? Entenderam?? Em Flower você cria o sonho de uma flor!!! Sóóóóóóóóó…

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Mas e a mecânica?

Lembram quando falei que o desentendimento da mecânica era proposital? Pois é, não tem nada de complicado em explicar Flower: você controla uma pétala de flor, que ao colidir com outras flores desprende outras pétalas que se juntam a você, criando uma longa fita de pétalas de flores. É como um Snakes de celular, mas com dois diferenciais: não existem paredes para colidir e morrer e você pode alterar sua velocidade conforme desejar.

De fato, todo o controle de Flower é feito através do tilt (sixaxis, inclinar e rotacionar o joystick). Todos os outros botões só fazem controlar a velocidade do vento.

O som é, por falta de uma definição melhor, Zen. A música, porém, é interativa, e se torna mais ou menos intensa com sua velocidade e com as pétalas que você coleta. Em toda a sua simplicidade o som é perfeito e casa como uma luva com a proposta do jogo.

Onde Flower desabrocha mesmo são nos gráficos. Todas as fotos e vídeos que você encontrar na rede serão do gameplay do jogo. Não se engane: toda aquela grama sendo renderizada é em tempo real e dá uma idéia do verdadeiro poder de processamento do PS3 e do Cell.

Não há muito para falar, e eu nem deveria. Quem leu até aqui e ainda não jogou este “poema”, já sabe mais que o necessário e pode acar bom uma impressão simplista. O jogo tem um charme interessante e um apelo muito diferente. Jogá-lo depois de uma partida de Dead Space ou Fallout 3 é quase uma terapia. E ao custo de USD 9,90 na PS.Store mais perto de você é, sem dúvida, uma aquisição que terá um lugar especial entre suas horas de matança.

Flower foi desenvolvido pela thatgamecompany, autora dos outros jogos “new wave” flOw (PS3/PC) e Cloud (somente PC). Se as pessoas brincavam que flOw era uma viagem de ácido, Flower é uma brisa de erva.

Winners don’t use drugs! Winners play thatgamecompany’s games!