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Final Fantasy XIII-2 – Porque não se mexe em time que está ganhan- Não pera! | Análise

Final Fantasy XIII-2 - capa 02
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[Continuando nosso review da Trilogia Final Fantasy XIII, confira agora o segundo game da série. Você pode acessar os reviews de FFXIII aqui e o de LR-FFXIII aqui!]

Então você jogou FFXIII, odiou ou se apaixonou, e ficou surpreso com a Square-Enix anunciando um novo jogo da série? Resumindo Final Fantasy XIII-2 em uma palavra: Melhorias. Melhor jogabilidade, sistema de combate aprimorado, história menos confusa (mas tão coerente quanto).

Confira comigo esse review de FFXIII-2 que acha que a Square anda de olho no mundo da moda, afinal, temos um protagonista de saruel!

Final Fantasy XIII-2 - Serah - Arco e Flecha
Ficha Técnica
ProduçãoSquare-Enix
DesenvolvimentoSquare-Enix
Lançamento15/12/2011 (Japão) e 31/01/2012 (EUA)
PlataformasPlayStation 3 e Xbox 360
ClassificaçãoTeen (ESRB)
Música/CompositoresMasashi Hamauzu, Naoshi Mizuta, Mitsuto Suzuki
GêneroRPG
DescriçãoEm Final Fantasy XIII-2 a protagonista é Serah, irmã da Lightning, onde ela vivia com seus amigos em uma cidade litorânea e do nada surge Noel, um viajante do tempo que pede ajuda para impedir a extinção da raça humana no futuro.
OnlineNão
Final Fantasy XIII-2 - Wallpaper Full HD - Characters CGI Render - 1920x1080

“Mas que história detalhada!”, J. R. R. Tolkien, rindo com os amigos na estalagem de Bri

Começamos pela história. Por ser uma sequência direta de FFXIII, a história começa mais ou menos de onde este parou, situada cronologicamente três anos depois. Com os eventos do fim do primeiro game (nada de spoilers galera), acompanhamos agora Serah, a irmã de Lightning. O mundo está diferente, o governo se desfez, mas tudo parece tranquilo. Até que um viajante do tempo aparece. É Noel, nosso segundo protagonista e orgulhoso cosplayer de Aladdin. Ele explica a Serah que ele é do futuro, onde os humanos foram extintos e mais um mundo de spoilers, literalmente. A jornada deles é pra evitar esse futuro triste e caótico.
A bem da verdade, o jogo começa com uma bela CG, óbvio, mostrando Lightning – agora como uma serva da deusa Etro – lutando com uma pessoa misteriosa, cheia de poderes. Há uma batalha para se lutar e logo troca permanentemente para Serah, onde o jogo de fato começa.

Final Fantasy XIII-2 - Hope e Serah

Todos os protagonistas de FFXIII estão de volta, agora como coadjuvantes. Durante a história você vai revendo todos, um a um. O destaque fica por conta de Snow, que era noivo de Serah nos eventos do primeiro game, e Hope, que agora é um importante cientista e está ajudando a construir um novo ‘governo’.
Se a história de FFXIII-2 é mais amarrada se comparada com a de FFXIII, ela parece não ter tanta coerência assim. Primeiro: Lightning agora trabalha pra uma deusa; segundo: viagem no tempo? Sério? E terceiro: maldito Long Gui!

“Temos que pegar eu sei, misturá-los eu tentarei!”, Ash Ketchum, animado com o sistema de breed

Em termos de jogabilidade, vamos por partes. O combate manteve a fórmula original com o sistema de classes, Paradigmas e o Stagger. O que muda aqui é que antes você tinha seis personagens, cada um focado em uma classe, e agora você só tem dois, sendo a Serah focada em Ravenger e magias e Noel em Commando e ataque/defesa (vá ler o review de FFXIII pra entender!). O terceiro slot de combatente fica por conta dos Pokemons! Ou quase isso, pelo menos. Ao derrotar um monstro, você tem a chance de conseguir o cristal dele. Esses cristais permitem que você use o monstro em combate, tipo nosso querido Pokémon.

Final Fantasy XIII-2 - Cactuar - Combat Battle Screenshot

O sistema de capturar monstros na verdade é mais complexo do que parece. Cada monstro também ganha níveis como os personagens, mas não através de experiência e sim através de itens dados a eles. Cada monstro tem um level cap de acordo com sua categoria – somente monstros mais raros podem chegar a níveis mais altos. Também é possível mesclar dois monstros para que o primeiro absorva algumas características do monstro absorvido (Digimon, alguém?). O breed de monstros é algo secundário, mas até que divertido e necessário para montar bons Paradigmas. Ah, e dá pra colocar penduricalhos nos monstros, inclusive um Chocobo em cima de um Chocobo!

Agora é possível pular a vontade! O que não faz a menor diferença – pelo menos acabou com um dos argumentos dos haters. O que é importante é que agora temos cidades populadas! Ainda não é um êxodo rural, mas já é uma mudança significativa. É possível falar com várias pessoas e muitas delas falam sozinhas, inclusive. Algumas side-quests são obtidas com esse povo, mas novamente, é um sistema simples sem grandes impactos.

Final Fantasy XIII-2 - Chocobos

“Hodor, Hodor!”, Hodor sobre as melhorias gráficas

FFXIII-2 mantém o mesmo estilo gráfico que FFXIII, sem grandes melhorias. O que mudou foram as locações, agora em maior quantidade. Quando se visita o mesmo lugar em diferentes épocas, é possível ver os detalhes que diferenciam as versões e isso é bem bacana. As CG’s continuam lindas, apesar de que em menor quantidade. E isso explica como FFXIII tem 3 DVD’s no X360 e FFXIII-2 tem apenas um. Não é algo que me incomodou, pois os gráficos in-game são bastante agradáveis.

“Mais simples que refazer meu penteado”, Einstein, sobre o Historia Crux

Como eu disse, FFXIII-2 é sobre viagem no tempo. Para facilitar os muitos lugares que você terá que visitar várias vezes em épocas diferentes, existe o Historia Crux, que é uma espécie de menu por onde você vai escolher o seu destino. O HC (porque tudo fica melhor quando ganha uma sigla) tem duas visualizações, uma onde você escolhe o local no plano horizontal e o tempo no plano vertical (mais fácil do que parece) e outra mais interessante, onde os locais e os tempos são dispostos numa espécie de tablado de jogo de tabuleiro.

Final Fantasy XIII-2 - Historia Crux - Time Reversal Unlocked

Conforme você avança na história, novas locações não habilitadas, ou locações conhecidas em tempos diferentes. Porém, é muito fácil se perder na história. Explico: muitos portais que levam a outras locações são abertos com um Wild Artefact, porém estes artefatos são limitados, existem dez deles no jogo. O que complica é que em alguns lugares você terá a opção de abrir o portal X ou Y, sendo que só um deles avança na história. Se você abrir o errado, vai ter que caçar um Wild Artefact de outro lugar.

O que me faz lembrar de Serendipity. Pra quem jogou FFVII, Serendipity é a Gold Saucer do mundo de FFXIII-2, ou seja, o parque de diversões, que aqui virou um cassino, porque né, ficamos adultos e tal. Lá é possível jogar em roletas e caça-níqueis, mas o meu preferido fica por conta da amistosa corrida de Chocobos! Sim, ela está de volta e não traz nada de novo, mas ainda assim é legal. Dica: Você pode apostar em outros Chocobos ou colocar um seu pra correr. Os seus Chocobos são os que você captura para as lutas, então sempre procure e cace os chocobos, em especial o dourado.

Final Fantasy XIII-2 - Historia Crux 02

“É como trocar Ki-Suco por Dolly”, Eike Batista, percebendo que melhora, mas não tanto

Apesar das melhoras, FFXIII-2 é apenas um FFXIII melhorado, se você não gostou do primeiro, não vai gostar do segundo. Como apreciador de FF’s em geral, eu gostei do game – principalmente de, após finalizar o jogo, destravar os Paradoxos, que são versões alternativas de eventos do game. É só uma adição, mas é legal ficar caçando eles.

A recepção do game foi muito melhor do que a de FFXIII, mas não gerou nenhum hype absurdo. Se FFXIII é o C-3PO, FFXIII-2 é o R2-D2, muito mais legal e com barulhinhos mais agradáveis. O último lançamento e que fecha a trilogia é Lightning Returns – Final Fantasy XIII, porque, aparentemente, eles não estavam preparados para ter um FFXIII-3. E continuando nossa comparação de robôs do universo de Star Wars, sabe quem LR-FFXIII é? O Wall-E. Quer saber o por quê? Confira na última parte do nosso review da trilogia Final Fantasy XIII!

2 comentários em “Final Fantasy XIII-2 – Porque não se mexe em time que está ganhan- Não pera! | Análise”

  1. “Agora é possível pular a vontade! O que não faz a menor diferença – pelo menos acabou com um dos argumentos dos haters.” – Melhor frase do post, hehe. Sobre a questão da história, se ela ficou sem pé nem cabeça, pelo menos ela é mais interessante e dá vontade de correr atrás dos extras, o que não me atraiu tanto no XIII. No mais, legal a análise.

    1. Adriano Scheffer

      Pois é, a história é bizarra, mas não menos interessante por causa disso. Só achei excessivamente confusa.

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