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Lições para desenvolvedores que aprendemos com Diablo II

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Diablo II é um jogo já antigo, mas é um clássico. Eu sou apenas um das muitas pessoas no mundo que já perderam horas jogando ele. E eu tenho ótimas memórias dessas jogatinas, até altas horas da noite, destruindo demônios até o raiar do dia, deixando o mundo a salvo novamente.
E como todo o tempo que investi jogando este clássico, e o novo episódio da franquia Diablo III gerando em nós novas expectativas, me fez lembrar das lições que aprendi jogando Diablo, e como eu consigo aplicar o que aprendi na minha vida como desenvolvedor, são dicas que com certeza irão ser de muita utilidade para o próximo jogo e também para a sua vida e dia a dia.

Cuide dos monstros que criam ou invocam outros monstros primeiro
Na segunda fase, quando estamos na floresta de Kurast, somos atacados e cercados constantemente por pigmeus assassinos, que são muito irritantes, e mais irritantes que eles, são os pigmeus bruxos que veem na onda de ataque. Cada um desses bruxos pode invocar um monte de pigmeus para continuar a atacar e acabar com seus recursos. Se você está cercado por 10 desses bruxos e todos aqueles monstros que eles podem invocar, você está em um mundo de dor, especialmente se você se foca em acabar com aqueles que estão lhe atacando. Você tem que derrubar o brucho primeiro, ignorando o resto, depois você ataca quem sobra.
Lição aprendida: Qualquer problema que estiver criando problemas adicionais deve ser colocado em prioridade para ser resolvido. Por exemplo, se você tem um bug no seu sistema, que está consumindo os recursos de seu aplicativo e fazendo com que sua equipe corrar atrás de apagar os incêndios gerados, considere que se você resolver o bug que está originando os incêndios, você irá aliviar sua equipe e permitir que ela foque em manter o sistema com qualidade, em vez de ficar correndo atrás do próprio rabo e jogando aguá com balde pra apagar fogo.
Força Bruta resolve na maioria das vezes…
Sutileza não é recompensada na maioria das vezes em Diablo II. Na maioria da vezes, em qualquer classe que você esteja jogando é pegar uma arma, magia ou habilidade básica que irá causar o maior dano aos monstros que você está enfrentando.
Lição aprendida: Pegar seu melhor código e colocar em cada parte do sistema é potencialmente uma perda de tempo. Use códigos simples, frameworks ou idéias que resolvam o seu problema. Não tente inventar muito. Isso sempre me lembra um frase que ouvi a muito tempo atrás, “sempre use o padrão KISS (Keep it simple stupid)”.
…Mas você precisa ter sutileza para enfrentar os chefes
Quando você encara um dos chefes de Diablo II, você não pode ir para cima direto, tem adotar alguma estatégia de ataque, ou é morte certa. Força bruta aqui não vai resolver, e você sempre irá precisar de ajuda e trabalhar em grupo pra tenta derrubar o monstrengo. Certas classes tem vantagens dependendo de quem você está enfrentando. Quando se está jogando com o Necromancer, enfrentar o primeiro chefe, por exemplo, é realmente um desafio e exige muito, mas se você estiver com o Barbáro, ele é fatiado facilmente. Juntos pode-se faze a diferença.
Lição aprendida: Você não consegue resolver um problema apenas com força bruta. Alguns problemas vão requerer que voce pense um monte, gaste tempo e energia. Escolha cuidadosamente as armas que vai usar para atacar o problema.  Às vezez, você não conseguirá lidar com o problema sozinho, ou já estará tão cansado que não conseguirá enxergar a solução. Peça ajuda, converse com um colega de trabalho, analise a visão dele, e com certeza você irá encontrar a solução com a ajuda de uma nova perspectiva.
Sempre a algo novo e brilhante pra conseguir
Sempre tem um item melhor, maior, mais forte e mais poderoso para se conseguir. Não importa se você está no nível 10 ou no nível 90, a procura por itens melhores é infinita. Você nunca tem itens raros o suficiente, não importa quantos tenha, você sempre quer mais.
Lição aprendida: Novas tecnologias, frameworks e linguagens estão sempre saindo.  E a mídia vai estar sempre tentando fazer você acreditar que o que você está usando está ultrapassado, pois existe algo melhor lá fora. Nunca deixe a tecnologia controlar suas soluções, nem sempre o mais novo é o melhor, o atual pode lhe oferecer o que você precisa e resolver o seu problema de maneira eficaz.
Não existe um jeito melhor de jogar
Uma das melhores coisas em Diablo II ou jogos do estilo é a variedade de personagens que podemos jogar – Amazona, Necromancer, Druida, Bárbaro, Mago, Paladino, Assassino ou Monge. Cada um com característica únicas, habilidades únicas. Eu pessoalmente gosto do Mago ou do Bárbaro, mas experimentei jogar com todos.
Lição aprendida: Tentar novas linguagens ou novos frameworks é uma ótima oportunidade de sair do marasmo. Não é porque seus últimos 5 projetos foram feitos do mesmo jeito, que os próximos terão de ser, você pode experimentar novas soluções para ver se elas se encaixam. Se você ficar parado sempre na mesma coisa, você pode e vai transformar sua carreira em algo cansativo.
Experimentar cegamente é perda de tempo e recursos, melhor analisar o que outros fizeram antes
O Horadric Cube é uma parte essencial do jogo, mas também é uma fonte de frustração para aqueles que não sabem operar o mesmo. Você tem dois jeitos de usar: perder seu tempo jogando itens lá dentro e clicando em “Transmute” para ver o que acontece, ou procurar receitas na internet que podem te ajudar a conseguir ótimos resultados.
Lição aprendida: Perder seu tempo tentando resolver um problema na base da tentativa e erro, em vez de se informar melhor sobre o que pode estar acontecendo é pura perda de tempo. Você não precisa reinventar a roda, e com certeza mais alguém já enfrentou o problema que você está enfrentando e as dicas e ajudas neste sentido podem ser muito importantes.
Ás vezes temos uma fase secreta e é divertida
Se você achou um “Wirt’s Leg” e tem um  “Tome of Town Portal”, depois de enfrentar e vencer o Diablo, coloquem os dois juntos no Horadric Cube e “Transmute”. Você irá criar um portal vermelho que vai te levar para uma fase secreta onde terá que enfrenta vacas assassinas, é muito hilário e divertido.
Lição Aprendida: Surpresas podem ser divertidas e bem vindas, esteja aberto a novas possibilidades. Eu que o diga.
Não importa quão fundo você esteja no inferno, pode ficar pior
Você zerou Diablo II no normal e pensou.. “Nossa.. foi difícil”. Então você recomeçou o game no nível “Nightmare” e percebeu que não tinha visto nada ainda. Mesmo os monstrinhos mais chinfrins vão te dar muito trabalho.
Lição aprendida: Pense que um pequeno probleminha em um ponto pouco usado no seu sistema seja incomodo, agora pense o que poderia acontecer se você sem querer replicasse esse erro em uma porção muito maior e muito usada do sistema sem perceber. E de repente o hardware de seus servidores ficasse louco por causa disso. Bom, ficar reclamando não vai ajudar em nada, e sempre pode haver um problema pior. Surgiu um problema, encare e lide com ele da melhor maneira possível. É a famosa máxima de Murphy “Nada está tão ruim que não possa piorar”.
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Bom amigos, ai está como Diablo II pode ajudar a gente e fazer com que aprendamos muito na vida. Com certeza deve haver mais coisas que podemos retirar do jogo, você consegue imaginar alguma a mais? cite ai nos comentários.

[Baseado livremente num texto do Lessons of Failure e muita experiência pessoal]
Marcações:

7 comentários em “Lições para desenvolvedores que aprendemos com Diablo II”

  1. Jonatas Afonso

    Excelente texto Sérgio.
    Como desenvolvedor também enfrento minhas lições diárias de Diablo.

  2. Ótimo post. Garanto que todo mundo que trabalha com a criação de softwares vai se lembrar de varias situações vividas lendo esse texto.
    5 estrelas certo!

  3. bem bacana muito bom mesmo.
    se não se importar estarei postando no meu blog e referenciar é claro
    kra mas ..o negocio do sbt, ,.,, antes vc tava mais com kra d homem depois fico meio emo esse cabelinhu,,, kk

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