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Pesquisa de opinião – sobre os critérios do Select Score

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Ultimamente, ao analisar novamente o Select Score (nosso card de notas para os reviews) vi que deveria fazer uma pequena reformulada nos critérios que utilizamos. Hoje os critérios são: Gráficos, Sons e Efeitos Sonoros, Jogabilidade, Fator Replay e Diversão. Só que esse card é puramente técnico, e acabou não englobando algum critério relacionado ao game em si, o que acaba ficando mais explícito no texto.

Então decidi fazer uma pergunta rápida a vocês: o card está sendo suficiente? Tem alguma ideia diferente? Quer optar por algum critério não técnico? Eu pensei em juntar os Gráficos e Som na mesma linha e inserir a palavra “Design” para avaliar o game em si, parecido com a palavra “Presentation” nos reviews do IGN, que citam o game em si. São as “decisões de design” que podem trazer a glória ou à ruína de um jogo, o que pode afetar diretamente a nota do Final Fantasy XIII, que levaria uma nota altíssima com os critérios atuais mas com a adição desse critério faria a nota abaixar, já que em matéria de design o game acaba pecando. E outros jogos ganhariam bastante, como o Demon’s Souls. Alguns podem sentir a falta do “enredo”, mas muitos games bons também pecam nesta parte, como o Burnout Paradise, o Hot Pursuit, e outros. Juntar com o “Design pode ser um bom caminho, mas ainda assim são elementos que não se misturam”. Colocar também enredo sozinho pode prejudicar games bons, como os jogos de corrida. Até chegamos a discutir um pouco sobre isso no primeiro post, mas na época a maioria se focou mais na aparência do card do que nos critérios.

Aproveitando, vou fazer uma revelação a vocês: eu criei este card pensando no futuro em tentar entrar no Metacritic. Como já vi sites nacionais entrando, achei que poderíamos ter alguma chance, mas de umas semanas pra cá, conversando com algumas pessoas da área de games, acabei desistindo da ideia justamente pela exigência de ter os reviews escritos em inglês. Como transcrever um review potencialmente gigante levaria muito tempo, aliado ao fato de que não escrevemos tantos reviews por falta de tempo, vi que é melhor focarmos em conteúdo em português do que ir para o caminho da internacionalização. Em questão de visibilidade, conseguir entrar seria muito bom, mas ainda assim se for colocar todos os fatores, no final das contas, pode não ser tão vantajoso.

Então comente sobre isso! Tem alguma ideia? Alguma crítica ao nosso formato do card? Dos reviews? Cite abaixo para que possamos melhorar!

13 comentários em “Pesquisa de opinião – sobre os critérios do Select Score”

  1. Alexandre Soares

    Eu manteria os já existentes e colocaria mais duas notas, uma fixa, outra eventual. Fixa nota para o gênero que poderia ser exemplo Ação, Aventura, Tiro, Futebol, Basquete etc. Um eventual para as continuações, pra avaliar o quanto o jogo se mantém fiel a série.

  2. Eu gosto do jeito que está. Talvez fosse interessante mesmo colocar uma avaliação como "presentation". Agora, quanto a avaliar gráficos e sons numa mesma linha, isso eu não acho legal. São coisas bem distintas, visto que bons títulos podem ter a parte sonora impecável e serem fracos graficamente.

  3. Enredo ou historia tem que ser opcional. Já que não tem como fazer isso num jogo de esporte 😛 (pelomenos em, sei la, 99% dos casos)

  4. Novidade e Dificuldade. Novidade para inovações tipo LittleBigPlanet, ou elementos novos em uma série como FF. Dificuldade seria bem mais simples, jogos fáceis são bem mais chatos, o jogo não exige muita coisa de você, então seria algo como nivel normal-alto para + leva 10 e a baixo disso, quanto mais facil for menos nota ele leva =D

    PS.: Não sei se deixei claro a ideia, mas estou preocupado aqui com a minha corrida do 24h, que está em 9:38:xx.xxx, pq está chovendo, razoavelmente forte, agora aqui =O

  5. Muito se fala em design para jogos, mas acho que há muita confusão nesse meio. Piora quando "design" significa "projeto" lá fora, aí importam, não traduzem (design é "chique") e fica uma mistureba. Exemplo: "sound design" deveria ser traduzido para "projeto de som". Design não é beleza, nem uma imagem bonita, nem boa modelagem 3D, nem um um carro bonito, nem um personagem interessante, nem mesmo uma boa ambientação temática. Esses quesitos são todos de ARTE (design não é arte). O design, na verdade, está muito mais relacionado com função do que com estética; no caso, está bem intimamente relaconado com o "Jogabilidade". Ele é a jogabilidade e muitas outras coisas, mas não é jogo todo… Enfim, essa discussão é longa! rs

    É um dilema montar estas tabelinhas. Acho complicado. Pra começar, eu sempre acho estranho termo "Gráficos"; substituiria por "Visual" ou algo assim, até pra não soar algo meramente técnico.

    "Sons e efeitos sonoros" é incompleto, se você considerar que existe a arte musical em um videogame, ficou de fora. Nesse caso ou você substitui por "Trilha e efeitos sonoros" (ou algo similar) ou divide em dois grupos, um para a "Trilha sonora" e outro para "Efeitos sonoros" (tecnicamente "sonoplastia"; não me venha com "sound design"! rss).

    De certa forma, "Jogabilidade" e "Diversão" não são a mesma coisa? Tostines. Se eu estou me divertindo é porque o jogo tem uma boa jogabilidade e vice-versa. "Diversão" também pode ser bastante subjetivo e pessoal… Então talvez pensar em um item mais técnico, talvez relativo à resposta que o jogo dá aos comandos. "Fator de rejogo" pode estar um pouco misturado aqui… Se o jogo é divertido, fundalmentalmente, ele será SEMPRE divertido; senão ele é menos divertido. Para pensar…

    "Fator de rejogo" parece um pouco específico demais. Com ele na ficha, não faltaria roteiro, qualidade de jogo on-line, qualidade de inteligência artificial, possibilidade de construção de mapas personalizados e por aí vai. Poderia ser um item a ser excluído em uma ficha mais enxuta. Inclusive porque, como você diz, há casos onde não cabe muito bem esta nota (jogos sem "final" explícito).

    Resumindo. Temos questões criativas e técnicas. Criativas temos visual, musical e mecânicas (enredo). Técnicas temos aspectos gráficos, recursos sonoros, resposta de comandos.

    Complicando um pouco mais (além do já complicado rs), lembro dos fatores de curva de aprendizado, ou curva de evolução (a boa medida entre facilidade/dificuldade/desafios). Como o fator replay, também há questões secundárias como peso de processamento (alguns jogos ficam lentos) ou exigem mais equpamento (mais mídias, mais volume de carregamento etc.).

    Não colocaria itens variáveis porque podem complicar nas avaliações finais. Se colocar, deve-se pensar na matemática das notas finais entre jogos de gênero diferente. Ou fazer uma versão de ficha para cada gênero, que no meu entender, historicamente são esses: ação, aventura, RPG, simulação, quebra-cabeça.

  6. Eu acho que poderia ser da seguinte forma…

    Embora concorde plenamente com o Alexo em relação à dificuldade de se escolher um nome único para cada seção a ser avaliada, acho que isso pode ser contornado com um efeito estilo (on mouse over) do javascript, onde ao passar o mouse em cima da palavra, tem uma breve descrição dos que a palavra abrange para aquele tipo de avaliação, ou até mesmo criar uma página onde explica os critérios usados para cada parte.

    Aí depois de montar o que é avaliado, cada testador, ou reviewer devia ter um checklist onde ele deve avaliar cada área e colocar a sua consideração em relação ao porque daquela escolha… Por exemplo, porque o jogo recebeu 5 em graficos… e tudo o mais… isso ajuda a descrever o porque que o jogo recebeu cada nota e como a nota foi calculada… sabendo os criterios fica mais facil entender o porque de cada nota…

    Nao pode ser feito com achismos… porque isso varia de gosto de cada um… e ai o gosto de quem faz o review pode pesar muito, por isso o metodo deve ser o mais imparcial possível… pq ao contrario do que muita gente pensa… um review influencia muito uma compra, principalmente aumentando o hype do jogo.

    Eu daria uma revisada nos criterios. Gosto do blog, e quero vê-lo crescer e review amador nao vai ajudá-lo nesse sentido. 😀

    abraços!

    1. Concordo, uma nota geral de números inteiros e uma lista de pros e contras, esse esquema de dar nota para cada item não é muito informativo, a gente nunca conhece as referências de quem avaliou o jogo a não ser que ele descreva no review, mas geralmente nem todo mundo lê de cara, então uma lista das características positivas e negativas seria mais interessante…

  7. Acho que as notas (e o próprio card em si) devem funcionar como um apoio pro review. O que importa é o que o cara ESCREVE, não um númerozinho que ele pode até ter atribuído aleatoriamente. Pelo menos sempre foi assim que eu interpretei os reviews que li na minha vida (e foram muitos, sempre gostei disso rsrsrs). E mais: lendo o primeiro post, vi que essa era exatamente a tua idéia, Flausino. Por isso, já que a nota é apenas um complemento, não a base do texto, acho que o card deveria ser o mais simples possível. Ao invés de colocar mais catégorias, acho melhor RETIRAR todas as categorias, ficando apenas a nota final, baseada na experiência do reviewer. Isso faria com que a nota do jogo realmente representasse o que o jogador achou do jogo (tenho certeza, pelo que eu li no review, que a nota que o Sérgio daria pro Force Unleashed II seria menor que 6.6, mas como o Select Score é uma média das outras notas, acabou saindo essa mesmo…).
    Sem contar que, se colocarem um milhão e meio de categorias, pode desencorajar os leitores a mandarem reviews ( já basta o Flausino ainda estar prometendo review de jogo que ele comprou a quase um ano rsrsrs)
    Mas isso só sou eu falando. O que decidirem tá bom pra mim. Se eu não gostar, é só ignorar o card e ficar só com os textos 😛

  8. Eu acredito que a melhor forma de criar um card de notas, é separar por estilo de jogo. Eu por exemplo não espero fator replay em todo jogo que jogo. Por exemplo, o fator replay de Xenogears do PS1 é algo próximo a zero, se formos avaliar o que ele oferece após ser finalizado, mas isso não me impede de vez por outra quer jogá-lo novamente depois de um certo tempo. É como um bom livro, mesmo você já sabendo o final, joga novamente. Na maioria dos casos, o fator replay é retratado como adicionais ao jogo após finalizado, acredito que esse tipo de nota pode acabar influenciando negativamente na nota final, como foi o caso da imagem desse post.

    1. Normalmente, fator replay diz respeito ao que o jogo te oferece para jogá-lo durante muito tempo, não necessariamente tendo mais coisas para fazer depois de terminá-lo. O Xenogears que você citou tem um fator replay alto, pois mesmo não tendo nada pra fazer nele depois de terminar, você ainda tem vontade de jogá-lo denovo. Existem jogos, por outro lado, que mesmo tendo muita coisa pra fazer depois de terminar a campanha principal, você não fica com vontade de continuar (muitas vezes porque o jogo é horrível). É muito comum as empresas colocarem mais coisas além da campanha principal pra aumentar o fator replay, mas as duas coisas não são, digamos, diretamente proporcionais. Fazer isso é apenas usar a saída mais fácil.

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