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Rio Game Show – Como foi

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Aconteceu no último domingo, em Niterói, o Rio Game Show. O evento, voltado para o público geral reunia em um mesmo espaço stands de lojas de jogos, de cursos voltados a computação gráfica, de desenvolvedores e espaços para a galera jogar videogames. Além disto, havia a proposta de executar diversas mesas redondas sobre desenvolvimento de jogos durante o dia.

Falando primeiramente sobre a área de jogos, dá pra dizer que o evento cumpriu o que prometeu. Existiam diversos stands onde o público podia jogar coisas como Street Fighter 4 e Guitar Hero, alguns jogos para Xbox 360 e até mesmo clássicos do Atari. Pra completar, tinha também um set completo do jogo Rock Band e arcades com vários jogos diferentes. A questão era ter paciência para enfrentar as filas pra jogar.

 Modelos caracterizados e participantes do concurso de cosplay desfilavam pelo local e tiravam fotos com o público. Não podemos esquecer também do desafio de WiiFit e do campeonato de Winning Eleven. Enfim, quem estava ali só pelos jogos, provavelmente se divertiu.

O problema é que eu não fui ao evento para ver os joguinhos, eu (e muitos outros) fui por causa das mesas redondas e das stands dos desenvolvedores nacionais.

Os expositores eram a DonSoft com seu Capoeira Legends e o Phoenix Team criador do jogo H.I.V.E (que venceu o XNA Challenge deste ano). Ambos os jogos foram bem expostos e estavam disponíveis para que o público pudesse testar, o que certamente foi uma decisão acertada. Quem gostou do Capoeira Legends podia levar uma cópia autografada se comprasse no evento.

Ok, tudo muito bom, mas e as mesas redondas? Devo dizer que está parte foi pra lá de decepcionante. Quase deu vontade de pedir o dinheiro de volta. Acontece que ao invés de deixar esta parte em um local separado, uma sala fechada, os organizadores acharam que seria uma boa idéia colocar um projetor e um telão em uma arquibancada de frente para a quadra esportiva onde o resto do evento ocorria e deixar o povo se esguelar ali pra tentar se entender.

A simples idéia de deixar as apresentações no mesmo lugar onde os jogos estavam já foi uma escolha péssima, mas eles ainda colocaram a cereja no bolo ao posicionar o telão exatamente atrás do stand do Rock Band. Não estou brincando, tem horas que eu ouvia perfeitamente o cara cantando no Rock Band e não entendia nada do que o apresentador que estava dois metros na minha frente falava.

O que passa pela minha cabeça ao ver um descaso destes é que parece que a organização achou que o atrativo “mesas redondas sobre desenvolvimento de games” traria um público maior, graças aos cursos na área existentes no Rio e em Niterói, mas que uma vez que o ingresso já havia sido comprado, não tinha necessidade de se preocupar com a qualidade do negócio.

Nem tudo foi perdido, de fato. Infelizmente muitas vezes simplesmente não era possível ouvir o que os palestrantes falavam e quando se abria para perguntas, estas também não eram bem ouvidas. Ainda assim, às vezes era possível captar alguma coisa e entender o que os caras falavam.

Não vou citar nomes dos palestrantes ou falar de detalhes específicos, porque como disse, no fundo não dava pra ouvir tudo. Houveram falas do pessoal da acadêmia, através de alguns mestrandos e doutorandos da UFF, e do pessoal da indústria, com a fala da DonSoft.


Lá pelas sete da noite foi aberta a melhor mesa redonda pra mim, uma que falava sobre desenvolvimento de jogos independentes. À essa hora o barulho já era menor e deu pra ouvir melhor, mas ainda incomodava. O microfone passou em várias mãos e foi falado muito sobre as faces do desenvolvimento independente, os business games como boa oportunidade de negócios, um game designer comentou sobre jogos de tabuleiro e como este tipo de jogo ajuda no desenvolvimento de um profissional da área (dica dele: se você quer ser game designer, crie um jogo de tabuleiro).

Por fim, não foi uma perda total de tempo, mas a decepção foi grande. Ainda assim deu pra pegar alguma coisa boa no final de tudo e também conhecer algumas pessoas da cena indie aqui do Rio, e este tipo de contato sempre é interessante. No mais, espero que os desenvolvedores recebam mais carinho da organização em um eventual Rio Game Show 2010.

Obs.: Eu sou um péssimo fotógrafo, por isso todas as fotos deste post foram tiradas pela minha namorada, Adrian.

Edit: pessoal, só pra esclarecer. Deve ter tido algum tipo de problema no WordPress e os comentários deste post foram apagados. Não sei se aconteceu em outros também. Os comentários não foram apagados de propósito, ok?

2 comentários em “Rio Game Show – Como foi”

  1. Pois é, tive o mesmo problema com as mesas redondas. Curti o evento por causa das "velharias gamísticas", mas eu realmente queria ter conseguido ouvir o que os caras estavam dizendo. Sentei uns cinco minutos para assistir e desisti.

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